segunda-feira, 13 de junho de 2011

o império bizantino


Em sua história milenar, o Império Bizantino acentuou e concretizou o cesaropapismo em seu extremo.
O imperador fez valer seu poder sobre a Igreja emanando normas, sancionando decretos dos concílios ecumênicos, convocando os tribunais eclesiásticos e determinando sua competência, cuidando da exata aplicação das leis canônicas, controlando a correta administração dos bens da Igreja, nomeando os titulares dos ofícios eclesiásticos (patriarcaarcebisposbisposabades). No Ocidente, a Igreja tinha a obrigação de informar ao imperador ou a seu representante na Itália, o exarca de Ravenna, o nome do papa eleito (quase sempre gregos ou sírios de nascimento), além de pagar um tributo correspondente.
O imperador bizantino em sua longa história nomeou, do fim do Império Romano do Ocidente (476) até oséculo VIII, sempre os patriarcas dentre uma lista tríplice ou de sua livre vontade e os demais cargos eclesiásticos. A ele cabia julgar os titulares de cargos eclesiásticos podendo depô-los se assim quisesse(vários papas e patriarcas foram depostos pelo imperador).
O caso mais célebre do poder sobre a Igreja aconteceu no reinado do imperador Leão III na questão iconoclasta em que o soberano proibiu o culto às imagens e ordenou a destruição delas em um contexto mais amplo de limitação do poder econômico dos monges. Houve mesmo um concílio ecumênico decretando essa proibição.

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